No último fim-de-semana houve lugar a mais algumas ações de fair play, que acabaram por ser reconhecidas pelos árbitros do nosso distrito com a exibição de Cartão Branco. No total, foram quatro os momentos registados em partidas de diferentes escalões.

Na Liga de Formação de Benjamins, no jogo entre Futebol Clube Castrense e Juventude Clube Boavista, Renato Sapata, treinador da formação de Boavista dos Pinheiros, viu o Cartão Branco depois de ter notado um jogador adversário em dificuldades, devido a um ataque de ansiedade, auxiliando de imediato o jovem. A ação foi descrita pelo árbitro Henrique Gonçalves.

Clube de Futebol Guadiana e Moura Atlético Clube A defrontaram-se na 7.ª jornada do Distrital de Juniores D (Infantis). Ana Gonçalves, juíza do encontro, atribuiu o Cartão Branco a Allex Nunes, do Moura AC, por ter prestado assistência a vários jovens do conjunto adversário, no decorrer de toda a partida.

Na ronda 8 do Campeonato Distrital de Juniores C (Iniciados), Clube Desportivo Praia de Milfontes e Despertar Sporting Clube estiveram frente-a-frente e a formação de Vila Nova de Milfontes ficou reduzida a dez unidades à passagem do minuto 79. Ora, foi depois desse momento que houve alguma confusão num período no qual decorreram várias substituições volantes, ficando a equipa da casa novamente com onze jogadores em campo. O treinador do Praia de Milfontes, João Cabecinha, foi pronto a alertar a equipa de arbitragem para o sucedido, evitando qualquer tipo de vantagem que pudesse ser retirada daquela situação, até que a equipa de arbitragem viesse a aperceber-se dessa irregularidade. Por esse motivo, a mesma equipa de arbitragem, liderada por Miguel Serpa, considerou o ato merecedor de Cartão Branco.

O último caso da semana foi reconhecido pelo árbitro Nélson Hermosilha, na partida da 10.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, entre Associação Cultural e Desportiva de Penedo Gordo e Despertar Sporting Clube. Natã Marciano, jogador do conjunto de Penedo Gordo, auxiliou a equipa de arbitragem a reverter um pontapé de penálti a favor da sua equipa, admitindo que Rui Peta, guardião do Despertar, não tinha cometido falta e apenas tinha jogado a bola. O marcador assinalava uma vantagem de 0-1 para o Despertar SC no momento do lance.

O Cartão Branco teve origem numa parceria do Instituto Português do Desporto e Juventude, da Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal e da Coca-Cola, com o propósito de enaltecer condutas eticamente corretas, praticadas por atletas, treinadores, dirigentes, público e outros agentes desportivos. A Associação de Futebol de Beja foi uma das primeiras a aderir a esta iniciativa, que já projetou bons exemplos um pouco por todo o país.